Chuva intensa, rajadas de vento forte e trovadas estão previstas nos dias 13, 14 e 15, em particular no centro e sul, com especial incidência em Setúbal, cenário propício à ocorrência de cheias e que recomenda adoção de medidas especiais preventivas.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê, para dia 13, aguaceiros, por vezes fortes, acompanhados de trovoada, com os distritos de Setúbal, Lisboa e Leiria em situação de alerta laranja.
Neste dia, são esperados vento fraco a moderado (até 30 km/h) do quadrante sul, soprando moderado a forte (30 a 45 km/h) nas terras altas, em especial do centro e sul, por vezes com rajadas até 80 km/h.
No dia 14, espera-se aguaceiros, por vezes fortes, acompanhados de trovoada, granizo e rajadas de vento forte, que será fraco a moderado (até 30 km/h) do quadrante sul e moderado a forte (30 a 40 km/h) nas terras altas do centro e sul, com descida da temperatura máxima.
Este quadro meteorológico, com precipitação forte e persistente, que se estende até dia 15, aponta para a probabilidade de cheias e inundações nas zonas urbanas, com destaque para a Área Metropolitana de Lisboa e para a cidade de Setúbal.
O Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros de Setúbal adverte para situações de piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e cheias rápidas por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem.
É de admitir a possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis, em particular se os períodos de precipitação forte acontecerem em períodos de preia-mar, quando o sistema urbano de drenagem fica sem capacidade de escoamento.
No dia 13, as duas marés de cota mais elevada em Setúbal verificam-se às 08h10, com 3,0 metros, e às 20h42, com 2,9 metros.
Há ainda que ter atenção à possibilidade de queda de ramos ou árvores, danos em estruturas montadas ou suspensas em face do vento mais forte e acidentes na orla costeira.
A Proteção Civil sublinha que o impacte dos efeitos causados pela intempérie pode ser minimizado com a adoção de comportamentos adequados, pelo que recomenda um conjunto de medidas que devem ser observadas pela população.
A desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e a retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas são algumas dessas medidas.
Outra é a adoção de uma condução defensiva, com redução da velocidade habitual e especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias.
Durante estes períodos de condições atmosféricas adversas, não devem ser atravessadas zonas inundadas, dado o perigo de arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas.
As autoridades recomendam ainda especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas e atenção à possibilidade de queda de ramos e mesmo árvores, em virtude de vento mais forte.
A circulação junto da orla costeira e de zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis também motiva especial cuidado.
Há igualmente que efetuar a fixação adequada de estruturas soltas, nomeadamente andaimes, placards e outros elementos suspensos.
Durante este período, é necessária uma atenção especial às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e das forças de segurança, que, além destas informações genéricas, podem emitir instruções específicas.